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sábado, 22 de maio de 2010

Maconha e haxixe.

Começo aqui uma série de textos que irão começar a apartir de pequenas frases extraídas por aí, que nos tomem para gerar uma reflexão.



“... Ele sentava com enormes quantidades de haxixe e maconha, e escrevia aquelas canções incríveis. Não há dúvida de que elas foram compostas de maneira meticulosa e deliberada.”
Peter Wynne-Wilson (colega de quarto do Syd)
Meados de 1967.
A pergunta é: Será que a droga influenciou Syd Barrett de maneira fundamental em seu trabalho? E a seguinte seria: Será que nós realmente nos importamos com isso?
Sabe-se que muita música boa que rola por aí, e nem precisamos ir muito longe... oi Beatles? teve um certo empurrãozinho de alguma porcaria. Nem que tenha sido uma pequena viagem, numa nóia louca de maconha... se é que maconha dá esse barato todo. O fato é que talvez a gente não se importe com isso, com músicos que através da droga tiveram aqueeeela inspiração e escreveram & musicaram aquela que é a faixa que a gente chora de emoção ao ouvir.
Falar de consumo de drogas aqui neste blog é um tanto clichê, e se eu particularmente me importasse tanto assim com isso, certamente não teria todo este RESPECT que eu tenho pelo Syd. Mas verdade seja dita, o que eu realmente me incomodaria seria me dar conta de que aquele “baita” músico e sua dita inspiração seja mero fruto de uma influência externa e sabida, por parte da pessoa. Do tipo: Ah porque você usa drogas? Para me inspirar e continuar tocando meu trabalho. Puta broxa isso. A diferença é que existem (e existiram) grandes músicos, com talento nato para produzir sem que precisassem de nada, nenhum pontapé ou pressão para que eles conseguissem mostrar tudo do que são capazes.
Como nós podemos interferir sabendo disso? Boicotando. Só isso. Simplesmente não ouvindo, quem quer que seja a banda ou o artista.
E o que eu acho? Bem, eu acho que existem momentos que não podemos levar a coisa toda para o lado pessoal e esquecer a diversão da música. É por ela que estamos aí nos questionando. Se o Roger Waters diz que faz shows não porque quer proporcionar aos fãs a tal da diversão, mas sim porque está preso a este sistema e que isso lhe gera muita grana. Pense por um segundo. Claro que você não vai deixar de ouvir Pink Floyd. Só vai pensar que o Waters é um chinelo. Porque ele DISSE ISSO SIM. Momento coração partido feelings.
Mas, voltando ao Syd Barrett, e a frase que abre os trabalhos deste texto. Depois e tudo que eu já fiquei sabendo sobre ele, sei o quanto ele é inspirado. Ele é naturalmente um cara que tem o dom. O dom pode-se entender, neste caso, como uma cabeça absolutamente maluca e cheia de energia para viver como um fiel seguidor da impermanência uma criação que o permitiu soltar sua natural criatividade nas artes e logo na música.
O Syd Barrett não precisava de drogas para ser o que foi. Ele as usava e what a fuck? Quem deles não usou? Sabe. Isso não tem a menor importância aqui. Eu não respeito menos o trabalho dele. Ele apenas se perdeu nessa história do ácido e acabou se fudendo sozinho, pois infelizmente foi a vida dele que ele mesmo prejudicou.
E muito fumo? Maconha e haxixe? Se ele foi fundo, espero que tenha curtido a trip, pelo menos.
Meu eterno RESPECT pro Syd.

2 Responses:

Isa disse...

Até porque, se eu fosse checar mesmo todas as músicas que eu gosto na vida, uma boa parte delas provavelmente tiveram um "empurrãozinho" das dorgas.

Afters disse...

Ele não usava só maconha e haxixe ele tomava LSD todos os dias, alias as musicas foram feitas sobre efeito de LSD