Barrett. The definitive visual companion to the creative work of Roger 'Syd' Barrett. Click here to register now.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Um orgasmo de 14 horas.

Mini-Pseudo Resenha do dvd Technicolor Dream

Comprei um dvd muito preza, que eu já queria ter comprado antes, mas com a dica da querida Isadora eu consegui ele de barbada por R$ 4,99. Por isso dedico a resenha pra ela.
Qual a moral do dvd? Bem, a gente acha que ele só vai falar do evento Technicolor Dream, e já seria uma coisa boa, mas na real rola toda uma contextualização da Londres nos anos 60, e até porque se não explicarem algumas coisas fica difícil entender algumas coisinhas do evento.
Sobre o que o dvd fala, basicamente:

A Geração Beat dos EUA
Contra-cultura
Evento de poesia no Albert Hall em 1965 (incluindo o poeta Allen Ginsberg)
Free School of London
E a tríade UFO – Internacional Times – INDICA

O evento Technicolor Dream foi, até então (1967), o grande momento para a galera do underground, que já havia se reunido em 1965 no Albert Hall para o evento de poesia e leitura. O Technicolor surgiu da necessidade da galera do International Times angariar fundos para futuros gastos com advogados e afins, já que o jornal foi fechado por “obcenidade”. Então entre bandas, poetas lendo suas obras, dança e afins, juntou-se 40 interessados para se apresentarem no Alexandra Palace em Londres. Numa estrutura com dois palcos, muita barulheira, dorgas, ninguém é de ninguém, é que ocorreu a bagaça.
O Pink Floyd se apresentou quando o dia já estava amanhecendo, o que deve ter sido sensacional ver o dia amanhecer pelos vitrais do Alexandra Palace com a luz refletindo na banda. Psicodélico. E by the way, chamar alguém de psicodélico naquele tempo era ofender, mesmo que chamar de estranho. Ah se os estranhos de hoje fossem os psicodélicos de ontem...


Pontos bem positivos:
-Toda a contextualização histórica dos anos 60, até o lance do psicodélico. Bom para entender como funcionou a Inglaterra e a primeira geração do pós-guerra.
-O Nick Mason é o meu Forrest Gump da Inglatera. Super contador de histórias, vale a pena ver ele contando as coisinhas do tempo do Syd e do underground londrino.
-As imagens. Adoro dvd com imagens decentes, onde se enxerga mais que um borrão, ainda mais quando o som tá bom.
-Toda a galera daquele tempo contando tudo.
-A história da UFO, que foi tão fundamental pra carreira do Pink Floyd.

Pontos engraçados:
-O Roger Waters falando que o Syd Barrett andava como o Tigrão, do desenho do Ursinho Pooh, porque ele saltitava. Engraçado que eu já ouvi isso muito, que ele andava dando pulinhos.
-A cara do John Lennon louco no ácido (fato), e o lance da Yoko ter participado do evento e não ter cruzado com o Lennon.

Ponto Negativo:
-Negativo não chega a ser, porque é a verdade, mas pra triste já serve. Que este evento foi o ponto crucial para o fim da carreira do Syd no Pink Floyd, pelas histórias fica claríssimo que depois dali a coisa não seguiu da mesma forma e sucumbiu ligeirinho. Um dos caras diz que a culpa da saída do Syd não foi o Pink Floyd, mas sim ele mesmo, que simplesmente não conseguia se manter em pé durante as gigs.


Fechando os trabalhos:
O dvd é master preza e eu super recomendo. Não vou falar mais do que eu falei porque eu quero que todo mundo veja e tire suas próprias conclusões. Claro que o Pink Floyd & Syd Barrett fazem um paninho de fundo, mas todo o dvd vale.
E vem junto um mini-pôster igual ao original do evento, coisa fofa ;)

A constar, o cara que criou o evento, disse que ele era um orgasmo de 14 horas, já que era um evento com 14 horas de duração.
No more youtube moment: No dvd tem os clipes de Arnold Layne, Scarecrow e astronomy domine.


As fotinhos do brinquedo:






ENJOY

sábado, 22 de maio de 2010

Maconha e haxixe.

Começo aqui uma série de textos que irão começar a apartir de pequenas frases extraídas por aí, que nos tomem para gerar uma reflexão.



“... Ele sentava com enormes quantidades de haxixe e maconha, e escrevia aquelas canções incríveis. Não há dúvida de que elas foram compostas de maneira meticulosa e deliberada.”
Peter Wynne-Wilson (colega de quarto do Syd)
Meados de 1967.
A pergunta é: Será que a droga influenciou Syd Barrett de maneira fundamental em seu trabalho? E a seguinte seria: Será que nós realmente nos importamos com isso?
Sabe-se que muita música boa que rola por aí, e nem precisamos ir muito longe... oi Beatles? teve um certo empurrãozinho de alguma porcaria. Nem que tenha sido uma pequena viagem, numa nóia louca de maconha... se é que maconha dá esse barato todo. O fato é que talvez a gente não se importe com isso, com músicos que através da droga tiveram aqueeeela inspiração e escreveram & musicaram aquela que é a faixa que a gente chora de emoção ao ouvir.
Falar de consumo de drogas aqui neste blog é um tanto clichê, e se eu particularmente me importasse tanto assim com isso, certamente não teria todo este RESPECT que eu tenho pelo Syd. Mas verdade seja dita, o que eu realmente me incomodaria seria me dar conta de que aquele “baita” músico e sua dita inspiração seja mero fruto de uma influência externa e sabida, por parte da pessoa. Do tipo: Ah porque você usa drogas? Para me inspirar e continuar tocando meu trabalho. Puta broxa isso. A diferença é que existem (e existiram) grandes músicos, com talento nato para produzir sem que precisassem de nada, nenhum pontapé ou pressão para que eles conseguissem mostrar tudo do que são capazes.
Como nós podemos interferir sabendo disso? Boicotando. Só isso. Simplesmente não ouvindo, quem quer que seja a banda ou o artista.
E o que eu acho? Bem, eu acho que existem momentos que não podemos levar a coisa toda para o lado pessoal e esquecer a diversão da música. É por ela que estamos aí nos questionando. Se o Roger Waters diz que faz shows não porque quer proporcionar aos fãs a tal da diversão, mas sim porque está preso a este sistema e que isso lhe gera muita grana. Pense por um segundo. Claro que você não vai deixar de ouvir Pink Floyd. Só vai pensar que o Waters é um chinelo. Porque ele DISSE ISSO SIM. Momento coração partido feelings.
Mas, voltando ao Syd Barrett, e a frase que abre os trabalhos deste texto. Depois e tudo que eu já fiquei sabendo sobre ele, sei o quanto ele é inspirado. Ele é naturalmente um cara que tem o dom. O dom pode-se entender, neste caso, como uma cabeça absolutamente maluca e cheia de energia para viver como um fiel seguidor da impermanência uma criação que o permitiu soltar sua natural criatividade nas artes e logo na música.
O Syd Barrett não precisava de drogas para ser o que foi. Ele as usava e what a fuck? Quem deles não usou? Sabe. Isso não tem a menor importância aqui. Eu não respeito menos o trabalho dele. Ele apenas se perdeu nessa história do ácido e acabou se fudendo sozinho, pois infelizmente foi a vida dele que ele mesmo prejudicou.
E muito fumo? Maconha e haxixe? Se ele foi fundo, espero que tenha curtido a trip, pelo menos.
Meu eterno RESPECT pro Syd.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dando a morta.

Como não to aqui pra dar pinta de inteligente e intelectual, resolvi dar a morta logo de cara. Leia-se por “The Dark Side of the Moon – Os bastidores da obra-prima do Pink Floyd” do John Harris. Certamente é o livrinho mais vendido das grandes livrarias e por mais que eu tenha imaginado, ele passa LONGE do clichê e do óbvio.
Porque eu to citando ele? Bem, como conhecimento não cai do céu e boas idéias também não, eu super me achei neste livro. Ele me deu MUITA inspiração para muitas coisas que eu pretendo desenvolver no blog.
Todo o conhecimento que eu venho adquirindo sobre o Syd e o Pink Floyd são pedacinhos de um todo, pequenas partículas fragmentadas de uma história na qual eu só posso (se eu quiser) acreditar no que os outros me contam. Os livros e dvd's neste caso. Então cada pequeno retalho de tecido só forma uma colcha de retalhos, porque esta sim tem serventia, quando unidos. Essa linha de costura, cola, ou essa liga nos pensamentos veio em parte por algumas coisas que eu li neste livro. E o que é divino! Porque não me de abriu algumas coisas como resolveu outras. E vejam só, eu estou deixando de não gostar tanto do Roger Waters para entrar a fase não gosto, apenas. E vamos discutir isso também.
Então. O livro não fala só sobre o álbum “obra-prima” da banda, fala de todos os integrantes, fala muito da fase Barrett, da influência por muuuuitos anos após a saída do nosso moço da banda... fala de muitas coisas que influenciaram outras coisas que nos levam as histórias que conhecemos hoje.

E pessoas, eu pesquisei o livro na Cultura pra vocês, como eu faço sempre néam:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=1809087&sid=87364325112521387253801918&k5=B622DB0&uid=
Ele custa R$ 46,00 muito bem investidos, diga-se de passagem. E vejam só, é em português!! Sem desculpa para não ler. E o melhor, você não vai ter que esperar 6 semanas para pegar o livro, este certamente tem na loja, só chegar.

Umas fotenhos para mostrar a bagaça:







Ó, o livro é do tamaho da mão de uma guria! Pequeno!! Sem preguiça povo!


Até breve, com muuuito novos devaneios!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

The main man

Eu andei me perguntando nos últimos dias: E quem foi que disse que o guitarrista é o centro de uma banda? No mínimo uma groupie. A questão da vaidade da banda estar ligada ao cara que toca guitarra é meio migué. Pra mim é um falso conceito. O tal do The Main Man é o cara que lidera a banda, e o que toca qualquer instrumento. E a liderança pode ser do bem, ou evil, tipo Roger Waters ou Paul MacCartney (dois baixistas). Não, eu não tenho problemas com guitarristas & com guitarristas vaidosos. Eu tenho problema é com comentários a respeito de guitarristas que são mais que isso.
Claro que eu to falando do Syd. Eu acredito que ele tenha se tornado o guitarrista da banda porque o Bob saiu, e porque foi uma circunstância do destino. Falar em destino a esta altura do campeonato é no mínimo brega. Mas assim como dizer que o Eric Clapton é um grande guitarrista, ao invés de dizer que ele é um grande músico, não me ofende, mas acho que diminui o cara. Ele é um incrível cantor, compositor, e mais. E o Syd anda caindo de graça nesta barca de bons guitarristas. Pra mim ele é um cara que transcendeu a forma de se fazer música, que mudou as coisas no tempo em que vivia. Eu vi vários caras, incluindo um dos produtores do Pink Floyd e o David Gilmour em pessoa, falando que o Syd Barrett não era um guitarrista, digamos, bom. Qual é o conceito de bom? Eu não vejo nenhuma merda nas coisas que ele gravou, com o Pink Floyd ou solo, e ao vivo pelos vídeos no youtube. Sinceramente, usar a guitarra como ele usou em “The Madcap Laughs”, de forma acústica que mal parece uma guitarra, me fascina. Mais ainda o fato dele tocar “Interstellar Overdrive” com Zippo, acho sensual.
Acho que o Syd Barrett só queria fazer. Fazer qualquer troço dentro de uma lógica totalmente maluca. Se o cara escreveu SOZINHO todo um álbum, porque não dizer que ele é o main man? Neste caso ele é sim. Teve que cair o cara pro viado do Roger Waters dizer que mandava na bagaça (resquício de raiva feelings).
The main man é o cara que assume a frente dos trabalhos, porque sua imagem corresponde a toda idéia que o grupo pretende passar. O Pink Floyd na fase Syd Barrett foi isso. Se ele tocasse triângulo, bem, ele seria o fucking main man.
Esse papo de guitarra não cola pra mim. Esse papo de que o Syd não tocava guitarra tão bem cola menos ainda. Ele tocava do jeito dele, e azar do goleiro. Falar décadas depois que ele nem era tão bom assim é coisa de covarde.
O Syd Barrett passou intensidade. Isso vale mais do que qualquer coisa. E de uma forma digna, de qualidade. O cara era bom, pra que dizer que não?


Chupa essa manga babe: http://www.youtube.com/watch?v=2iA7wdO00VI

domingo, 9 de maio de 2010

Rough Guide to Pink Floyd

Da série Cristal & suas aquisições. Eu comprei mais um livro, este não é só sobre o Syd, fala de toda a carreira do Pink Floyd. Eu não terminei de ler, obviamente, comprei ele faz pouco, depois de esperar a gestação das 6 semanas pra chegar um livro importado na Cultura.
Mesmo com os milhões de anos que eu estudei inglês, com esse livro eu tô brigando. Sério. Parece pegadinha do Maladro algumas palavras que estes britânicos usam para se referir a coisas óbvias e simples. Mas força galera. Vale o livro.

Porque vale? Primeiro porque tem INDEX das palavras/músicas que é o tesão do xixi master. Toda vez que eu tenho dúvida ou curiosidade aleatória durante o dia (sim, eu tenho isso) eu vou ali atrás do livro e mato a curiosidade.

Segundo: Não é que eu seja burrinha, mas eu ADORO contextualizações históricas. Acho no mínimo necessário. E o livro faz várias.

Das fotos, são fofas e as mais raras da internet, o cara escolheu a dedo. Fala dos sites, filmes, tudo que o Pink Floyd participou ou que tem tracks deles E ahhh, sim!! O cara fala e toda a fase solo do Syd e das tracks dele que não foram lançadas pelo Pink Floyd.

Melhor custo benefício ever em livro sobre os caras. Tem MUITA coisa.
Paguei uns R$26,00 na Cultura.

Gastem o inglês que aprenderam na escola meus amores, e saibam tudo da carreira dos caras!!!

Umas fotenhos do livro:













ENJOY.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Edição Especial do The Piper at the Gates of Dawn

Entrei assim como ninguém quer nada na Saraiva, só pra olhar as coisinhas, livros, dvd's, cd's... e tive um surto consumista ao encontrar uma coisinha fofa que parece um livrinho.
Fotinhos primeiro, explicações depois:


Carinha de livro:


Lombada de livro:


Cd 1: O The Piper versão MONO


Material fofo que traz fotenhos e as letras do The Piper:


Uma das fotos com a letra de uma das músicas:


Foto central:


Surpresa! O fanzine que o Syd fez para um amigo!


Uma das páginas:


A parte do fanzine que falta uma página:



Verso do material mais os cd's 2 & 3


CD 2: Versão ESTÉREO e CD 3: singles & coisitas


Final do livrinho com o nome das track's.



Bom, no final as fotos foram auto-explicativas. E o que não foi eu explico.
Então, eu comprei esta edição especial do The Piper at the Gates of Dawn porque eu achei um LUSHO, e porque vinha o fanzine do Syd. E de mais a mais, se é pra ter um cd, que seja o primeiro álbum do Pink Floyd.
Acontece que esta brincadeira é o material comemorativo dos 40 anos de lançamento do álbum, um presente pros fãs e para os bolsos de quem possui os direitos autorais da bagaça. Justo para os dois lados.
E quano custa a história: Oficialmente R$ 170,00. MUITO salgado. Eu paguei R$ 140,00 porque o material que vem junto, o encarte, estava destacado do livro, disse o vendedor que ele veio assim, ou algum troxa arrancou mesmo... comprei assim porque prefiro para manusear melhor.
Não sei como eu me permito compras assim... Mas né? Foi e eu escuto horrores a coisa, porque tem a Candy and a Currant Ban (maliciosa track que eu adorooo, Apples and Oranges (atual toque do meu celular), Paint Box (Richard Wright cantando sua música lindamente) e outras coisitas. E claro, See Emily Play, que já virou coro aqui em casa, minha irmã acha que é karaokê e canta junto (e eu adoro).

Mais uma coisa: No fanzine do Syd falta uma foto, deve ser porque tem uma moça pagando uma peitchola. Há. Segue a foto ai curiosos:


Exposição das páginas deste mesmo fanzine, mas o original. O que vem no encarte tem 1/4 de uma folha A4, o que sigifica 1/4 do tamanho original.


ENJOY

sábado, 1 de maio de 2010

Pink Floyd das Antiga.

Hoje eu vou finalmente dividir aqui no blog uma coisa que me dá MUITA alegria. A banda que interpreta só a fase do Syd Barrett no Pink Floyd. Um grupo de guris que certamente, assim como eu, são fãs do cara de trouxe pro mundo um som psicodélico.
Antes eu gostaria de briefar a todos nós de quem estamos falando, e para isso deixo que eles falem por si (puxei da comunidade do orkut):
Propósito do grupo: Tocar as músicas da primeira fase do Pink Floyd foi o objetivo da criação desse projeto, que surgiu no final de 2004. A idéia era concentrar-se exclusivamente na década de 60, quando ainda fazia parte da banda o guitarrista e vocalista Syd Barrett, e no início dos anos 70. O limite estabelecido foi o disco Obscured by Clouds de 1972.
Além da música, houve a preocupação com o cenário, que era utilizado pelo Pink Floyd naquela época. Trata-se de projeções psicodélicas com um retro-projetor, diretamente em cima dos integrantes da banda. O resultado é um perfeito casamento entre som e imagem que nos remete diretamente aos psicodélicos finais dos anos 60.
O Pink Floyd das Antiga é formado por:
- Chico Paixão – guitarra e voz
- Leonardo Boff – teclado e voz
- Pedro Porto – baixo
- Pedro Hahn – bateria
- Fernanda Lantz - Projeções
- Valdir Antunes - Projeções

Resolvi abrir meu coraçãozinho aqui, pra falar destes musicos FUDIDOS. Eles não são guris de apartamento musicalmente falando, eles são os legítimos "go pro", profissionais mesmo, e que tocam MUITO.
E sabe que a coisa mais engraçada é que eu ia ns shows sem ser fã do Syd como eu sou hoje... eu ia e pensava: bah, tudo muito lindo, mas tá faltando um David Gilmour na parada. Mas mesmo assim eu aproveitada o bom show, com a boa música e a piração das imagens. Muitos dos shows eu fui sozinha, assistia em cima de uma cadeira, num cantinho, pra poder ver a desenvoltura dos músicos, pois sempre fiquei impressionada de como os guris conseguiam fazer aquilo, pra mim era mágica.
Lembro do dia em que teve um show uma semana depois da morte do Syd. Aqui em casa já tinha rolado o assunto, e óbvio que as mídias em geral falaram sobre isso, mas foi foda o show, uma espécie de último agradecimento ao mestre. Hoje em dia eu fico feliz por ter participado daquele momento, porque foi dificil e belo ao mesmo tempo.
Quando rola show no Ocidente, famoso pico aqui de Porto Alegre, eu assisto em cima do banquinho, a não ser quando eu arrasto um ou outro amigo. Eu to sempre catequizando as pessoas, mas parece que dá certo, todo mundo acaba voltando pra ver os caras. Coitada da minha mãe, ela eu já arrastei milhares de vezes... Mas certamente o melhor lugar pro show em que as projeções ficam ótemas é mesmo o Ocidente. Ei Rei Magro Produções, marque mais shows lá viu??

Mas porque eu resolvi trazer isso?? Pra fazer uma comparação do Antes Syd/Pós Syd na minha vida, pois dia 16 de abril eu vi um show dos caras depois de ter deixado o cara entrar com tudo na minha vida. E foi no Garagem Hermética, outro lugar clássico do rock da cidade. Lá as projeções não ficaram TÃO boas como no Ocidente, mas graças ao queridíssimo Valdir a coisa trouxe a psicodelia dos 60's que é a inteção da coza.
O show foi ótemo como sempre e desta vez eu conhecia de trás pra frente as músicas hehehe e vivi uma experiência mais especial, pois com a conexão que eu to com o Syd certamente eu ia me emocionar mais. Eles tocaram Paint Box! Fiquei master feliz, pois mesmo que se eles tivessem tocado nos outros shows eu não tinha me lembrado e eu ter ouvido neste show foi lindo, mesmo que a música tenha sido criada e interpretada pelo Wright eu adorei ouvir.
Fiquei imaginando como seria tudo aquilo pras pessoas nos anos 60. Aquela piração sonora envolta nas imagens psicodélicas e coloridas. Senti que eu voltei no tempo, talvez seja por isso que o show exista, e por isso que a gente vá lá... Reviver uma coisa que não nos pertenceu. Eu vi muito menos do que o usual, pois a minha altura não me favoreceu e eu não tinha a opção do banquinho, mas deu pra ser feliz. E eu quase me meti com um cara que tava falando mal da carreira solo do Syd, claro que eu fiquei corajosa com um amigo de 1,90 do meu lado, há. Mas ai o cara que se foda, cada um gosta do que quiser, mas EU VI ele batendo cabelo (literalmente) nas musiquinhas mais "manjadas", tipo see Emily play. Porque vejam só! Na fase do Syd Barrett existem track's mais famosinhas que a galera canta junto... né?
E dos músicos. Todos ótemos. E eu não vou ficar aqui pagando mais pau que o que eu já paguei. O Boff canta e toca como ninguém, ele assume um teclado que me deixa boba, além de cantar tri bem, o baixista introspectivo quebra tudo, o batera "oficial" é furioso, e o Chico toca uma guitarra tão inspirado que eu realmente viajo, além de cantar lindamente. Dedico pra todos eles.
Sei que andou rolando uma dificuldade de marcar show em função do batera, o Prego do Pata de Elefante chegou a tocar com os guris, mas parece que o Pedro assumiu sua killer position novamente.
Porque eu gosto. Porque não é cover. É de coração que a coisa rola, e é isso que mais me encanta. Eu entro na sintonia e vibro a cada acorde. Nessa hora a gente vê que não é só a gente que curte, mas que o Syd Barrett ainda vive musicalmente pra uma galera.

Viram como eu sou querida?? Há. É que eu só toco o horror, e não me envergonho disso, mas tava na hora de eu mostrar meu lado humano e querido, falando de uma coisa que eu gosto e que me faz bem.
Como eu sou um amor, vou mostrar umas fotenhos das poucas que eu consegui tirar no show, pra dividir com vocês a psicodelia:

Projeções psicodélicas I.



Projeções psicodélicas II.


Foto com flash, para mostrar a carinha dos gurizes.


Chico pirando com a guitarra.


O cartaz do show que eu catei da Lancheria do Parque um dia depois.


E como não dá pra viver de amor e Syd Barrett (infelizmente), os gurizes tem outras bandas. Eu sei de cabeça que o Leonardo toca na Relógios de Frederico, e também na Funkalister (baita banda), que o Chico faz parte também, além de estar na Império da Lã, uma suruba musical de músico de tudo que é banda em que o Carlinhos (Bidê ou Balde) assume os vocais principais.
Fico devendo as outras bandas.
Twitter:
@imperiodala
@funkalister


Continuem com o projeto, ele faz muita gente feliz! MESMO.

E um beijo pro Valdir, que eu encomodo tanto no msn/orkut pra saber dos shows.

Darei uma garimpada no youtube e posto no próximo post os vídeos com melhor qualidade dos gurizes do PF das Antiga.