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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Bateu a culpa cristã.

Ao me perguntar se o Syd Barrett era pirado, excêntrico, esquisofrênico ou apenas sofria de longas bad trip devido a drogas, me perguntei: Ninguém fez porra nenhuma por ele? Para que ele continuasse produzindo, e que levasse uma vida mais saudável, sei lá, que usasse menos drogas...
Partindo da MOJO de março, em sua longa reportagem contemplando o álbum The Madcap Laughs, mas também sua trajetória artística, Internet em geral & documentários, eu pude tirar algumas conclusões e obtive algumas respostas.
A história seria MAIS OU MENOS a seguinte:

O grupo Pink Floyd começou a se profissionalizar de fato, tours, aparições públicas e grana rolando. E nessas o Syd já bem envolvido LSD & afins, mostrava cada vez menos capacidade de lidar com os compromissos profissionais que a banda assumia. Ele era um artista! E não um macaquinho de auditório, oras. Não queria lidar com aquilo tudo e/ou simplesmente não tinha condições físicas. O que fazer com o Syd? Perder nosso grande letrista? Dizia Roger Waters. Vamos então tentar uma alternativa até que, sei lá, as coisas se ajeitem. E nessas eles chamaram o David Gilmour, amigo de longuíssima data do Syd, assim como do Waters, para que assumisse a bronca, até que a situação tomasse um rumo definitivo.
Pelo que se entende, Syd não gostou muito da coisa, mas já que aparentemente ele não estava mais nem ai, acabou saindo oficialmente da banda, deixando pra trás seu legado musical, sua psicodelia, e suas LETRAS.
E hoje sabemos que fim levou esta história. Onde entra a culpa?
A questão da culpa não é jogar a batata quente no colo de alguém, fazer com que alguém assuma ela, ou que alguma situação se mostre responsável pelo estado do Syd e o fim de sua promissora carreira. Então David Gilmour diz: Éramos tão egoístas na época que não nos preocupávamos mais com o Syd, simplesmente deixamos ele pra trás. Richard Right diz que não via o Syd há tanto tempo que suas lembranças dele são ainda de uma juventude feliz... é, vai nessa. Para coroar os motivos: Waters diz que sente muita falta do Syd, que ele é inspiração para o trabalho dele, que fez o Wish You Were Here quando sabia que a banda & a amizade entre eles (todos do Pink Floyd) havia acabado e que seria uma bela homenagem. E que ele era muito especial. Mais um amigo fecha falando que sabe que todos se sentem culpados por não terem feito nada, e que vão se sentir culpados pro resto da vida, todos os dias. TENSO.
Quem sabe o Syd já não encontrou o Richard Wright no céu ou algum lugar do tipo e eles já não tiveram uma conversa franca e honesta, colocando os pingos nos i’s. A LOCA.
Me sinto estranha contando uma história que eu não posso afirmar tantas coisas com certeza, tudo fica no ministério do ar. Nada eu inventei, mas sei lá, existem lacunas. E tanto faz agora. Os parceiros de banda deixaram ele pra trás, o Pink Floyd se profissionalizou quem sabe o Syd, com ou sem drogas teria largado a banda e seguiria seu rumo, um rumo assim, mais limpo, uma cara mais The Madcap Laughs & experimentações... Ou quem sabe ele não mandaria todo mundo tomar no cu mesmo e teria feito o que fez. Esquecer o rock e a cena. Who the fuck is Syd Barrett? Definitivamente este era o pensamento do próprio Syd a respeito de seu personagem, que viveu, aconteceu, e voltou pra casa para ser “cuidado” por sua irmã. Teoria esta baseada nas palavras da irmã dele, a Rosemary.
Em algum momento Waters dizia que não visitava o Syd porque ele simplesmente não gostava de encontrar pessoas do passado e respeitava isso. Pra mim a culpa cristã bateu forte ao olhar pra trás e ver que o egoísmo tava na frente das pessoas. E às vezes eu não gosto muito do álbum Wish You Were Here, mesmo tendo um all star que é com esta capa (daqueles all star’s limited colection de bandas).
O Syd não era coitadinho e respondeu por seus atos. Não posso botar a culpa nos outros. Ele simplesmente viveu e deixou um rastro que está ai, como ele provavelmente gostaria de ter feito, e fez.
E hoje eu to 8 ou 80. Angel or a Devil??

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