Barrett. The definitive visual companion to the creative work of Roger 'Syd' Barrett. Click here to register now.

sábado, 24 de abril de 2010

Syd & LSD

Pra falar sobre o Syd Barrett não tem como não falar em doce. E que pelo que nos consta o Syd usou e não foi pouco. E certamente a trajetória musical e pessoal dele não teria sido o que foi sem o abuso da droga.
No último texto eu falei de LSD, como num exercício de entendimento coletivo, pra que todo mundo ficasse a par do que o troço faz no corpo do peão. Então vamos fazer deste texto uma conversa sobre o Syd e como no fim das contas acreditamos que a coisa tenha terminado.
O Syd nasceu Roger, e era um menino deveras criativo, que desde cedo ele já se interessava por música, tocava piano e curtia artes. Com a casa sempre cheia de músicos, Roger despertou cedo para a vida artística. Na escola ele conheceu o Dave Gilmour, seu BFF (best friends forever) na época, que o ensinou a tocar violão/guitarra, faziam viagens juntos... uma coisa amigos mesmo. Aí o Roger ganhou um apelido, virou Syd e começou a andar com a galera do outro Roger, o Waters. Este Roger já andava com outra galera e tinha uma bandinha, acabou chamando o Syd pra participar. Nestas o BFF já tinha tomado outro rumo com outra banda. Mas eram todos muy amigos, independente de bandas. O Syd sempre teve suas vertentes do blues bem fortes (oi nome da banda?) e assim como o Bob Klose, o guitarrista. A coisa andou algum tempo até o Bob sair da banda e o Syd assumir a guitarra e a voz. The main man. E nessas as dorgas já rolavam, mas creio que a coisa fosse leve, tipo fumo ou coisa do tipo. Não tinha se entregado ao LSD. Não tiro o de ninguém da reta, pois todos usavam dorgas, todo mundo curtiu uma onda e todo mundo de jogou na vibe da psicodelia, criada por eles mesmos.
Então o Syd usava ácido. Cada um curtia a sua, e até ai tudo bem. Sua criatividade ficava aguçada com o uso? Bem, eu não diria que tanto assim, pois se formos a fundo de algumas letras, elas têm relação com as leituras dele. Isso prova o quanto ele era culto e não drogado. Mas a coisa foi mais embaixo. Embaixo mesmo. E enquanto a banda ascendia graças ao talento do Syd... ok, ok, não vamos tirar o mérito do resto da banda, masss, quem foi que criou todo o the piper??? Ah tá. O cara se jogava de braços abertos ao mundo da psicodelia das dorgas, ácido, fumo, muuita bebida, e outras coisitas que seus contatinhos químicos produziam pra ele... e mandrax... e tudo aquilo que eu prefiro NEM imaginar. Uma ORGIA de porcarias invadindo o corpo do homem, que aos poucos foi cedendo a tudo aquilo. Fico imaginando se tivesse sido pedra, nossa, com crack eu acredito que ele não teria durado nada.
Quando se é um popstar nos anos 60, na época da psicodelia, quando usar drogas é normal, quando se tem $$$ para usar... nossa, a casa cai. E o Syd viveu intensamente, o que eu creio que sua intensidade não tenha sido alegre, pois pelos depoimentos, as trips que o Syd passava, hipnotizado no seu flat, olhando para o nada... Não sei se ele se divertia tanto. Mas aí eu volto ao texto anterior, ácido não causa dependência química nem física, mas sim psicológica. O Syd usava porque gostava e não porque seu corpo pedia aquilo desesperadamente. É como uma criança que pode comer todo o chocolate que desejar, até passar mal. Sem limitações. E esta é uma comparação fraca, mas acho que define a coza. Se o corpo do Syd foi fraco e não segurou a onda, se a mistureba é que fudeu tudo, se o ácido desencadeou uma doença já existente nele... bem, como saber?? Não tem como.
Sabemos que mesmo com o new way of life do Syd, seu junkie way of life, em um primeiro momento não interferiu em sua produção musical. Ele lançou dois cd’s solo. Isso depois de ter sido corrido do Pink Floyd. Claro que ele encomodou... mas ele tava doente, precisando de ajuda. Mas né? Troca o vocalista/guitarrista e segue o baile. Até porque o Syd era foda sozinho mesmo, pois manteve seu contrato com a EMI... mérito dele.
Não vamos voltar a certos pontos que já tocamos, mas as dorgas levaram o Syd, e ele optou pela exclusão. Ao mesmo tempo que ele se mostrou fraco fisicamente e sucumbiu aos efeitos do ácido, ele não morreu, viveu por muito mais tempo. Depois de ler o texto sobre LSD, vemos claramente a influência da droga no Syd... E que foi sua escolha. Certamente foi.
Nada vai fazer a gente esquecer o que o Syd faz diariamente na nossa vida. Um rompante de emoções com as suas músicas. Ele viveu pouco como artista, mas certas influências para se eternizarem não precisam de muito tempo, e certas musicas são atemporais.
Syd, te dedico. Sempre.

P.S. Manolo, onde estão minhas dorgas?



RETROSPECTIVA SYD BARRETT'IANA

Bem novinho, no começo da carreira:



Quando criou um look hype, de permanente nos cabelos:



Já junkie em sua fase solo:



A casa caiu:



E o resto a gente já sabe...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O mês do aniversário do LSD.

Estamos no aniversário do LSD e em função disto resolvi fazer um textinho falando da droga, para que a gente saiba exatamente pelo menos uma das drogas que o Syd consumia. Não tem como ter um blog sobre o Syd Barrett sem falar de ácido. E cá estamos nós. O próximo texto será uma reflexão de como a droga teve um efeito definitivo o comportamento do Syd e como isso mudou a sua vida e a vida da sua banda. Vamos nos permitir um momento de introspecção.
Em 7 de abril de 1938 o LSD foi sintetizado pela primeira vez, e 5 anos depois em 16 de abril o cara desenvolveu a brincadeira constatou seus efeitos psicoativos. Mas em 19 de abril do mesmo ano (1943) ele experimentou uma dose maior e viu que a coisa era mais embaixo. Como a maioria das drogas, o LSD foi desenvolvido com finalidade medicinal e o fim da história sabemos que não foi bem esse. Assim como outras drogas, esta tem uma trajetória muito interessante, até chegar ao que conhecemos hoje. Resuminho rápido da bagaça: Depois do descrito acima, médicos usaram a droga para entender como era a experiência do esquizofrênico, e ela chegou a ser usada para problemas de alcoolismo e disfunções sexuais. Então os principais efeitos variam conforme a personalidade do sujeito, o contexto (ambiente) e a qualidade do produto, podendo ser extremamente agradáveis ou muito desagradáveis. O LSD pode provocar ilusões, alucinações (auditivas e visuais), grande sensibilidade sensorial (cores mais brilhantes, percepção de sons imperceptíveis), sinestesias, experiências místicas, flashbacks, paranóia, alteração da noção temporal e espacial, confusão, pensamento desordenado, despersonalização, perda do controle emocional, sentimento de bem-estar, experiências de êxtase, euforia alternada com angústia, pânico, ansiedade, dificuldade de concentração, perturbações da memória, psicose por bad trip. E os efeitos colaterais pode ser basicamente a psicose, que dentro desta existem vertentes e variações de acordo com o usuário. O mais “interessante” que é o LSD causa dependência apenas psicológica. E quem usa pode desenvolver doença mental.


Abusei do wikipédia para escrever este texto. Recomendo que acessem quem quiser saber mais a respeito da droga, até mesmo jogando no google.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Obscenidades.

Vocês já notaram como "Candy and a Currant Bun" é deliciosamente obscena? Eu descobri isso de forma engraçada. Estava ouvindo a track e me dei conta de que não entendia nenhuma palavra pronunciada aos suspiros e tive curiosidade de entender do que se tratava. Oi Google? Então. Uma das frases era: "Please just fuck with me". Não é que eu fique chocada de forma fácil. Pra quem mora no país do rebolation a frase é uma canção de ninar, mas falando de Pink Floyd, não consigo pensar em nada vulgar ou cheio de palavrão... muito menos em 1967!
O Syd confirma seu "desejo" na frase "It's you, who I'm gonna love tonight". Acho justo. A letra é fofa e sensual. Adoro descobrir estas pequenas coisas que fogem ao que estamos acostumados com o Syd & banda. Além da música ser chiclé na cabeça, tão boa e agora uma letra assim, que nos pega de surpresa... ai adoro.
Pareço louca falando estas coisas, mas não consigo pensar no trabalho do Syd como algo que tenha a temática do amor como constante. E em todas as letras que ele fez trocadilho com nomes de namoradas, nem mesmo na música "Terrapin" que eu acho apaixonante, nada puxa o amor pra mim, como uma música de amor... mas essa me pegou!!
Finalmente eu falando aqui de algo que não é triste... E como é bom poder sempre descobrir alguma coisa ao ouvir Pink Floyd. Isso é arte, isso é divino, isso é foda. Isso é música ATEMPORAL.
Já pro youtube que ainda não ouviu... JÁ.





Olhem a fotenho do LP. A track foi lado B de Arnold Layne. Fofo. Hitórico.


quarta-feira, 14 de abril de 2010

É doloroso pra mim

Estes últimos tempos eu tava pensando em como os boys do Pink Floyd foram uns chinelos com o Syd e como a vaidade e grana podem mudar o conceito de amizade. Ou que no fim das contas o nome de uma banda vale mais do que o cara que foi o elemento criador. Mas mais do que meter o pau nos outros, eu tinha me esquecido de uma coisa tão simples e fundamental: O Syd sofreu, e muito certamente, com tudo isso.
Por mais que ele tenha usado todas as drogas disponíveis, e depois inventado mais algumas, ainda havia algum lapso de racionalidade dentro daquele corpo. Se não ele não teria feito dois álbuns solo. Mas sabe-se lá o que passou dentro daquele coraçãozinho, porque pelo que eu posso imaginar, por seu espírito livre que ele não tenha encanado tanto assim com a difícil saída do grupo, e sim levado numa boa. NOT. Ele deve ter levado numa boa no primeiro momento, onde ele não sabia mais nem o nome dele de cor, mas depois ele deve ter sofrido e não deve ter sido pouco. E que nenhuma bad trip que ele tenha tido deve se comparar ao sofrimento que ele passou, creio eu.
Não acho que o Syd Barrett seja um coitadinho, acho que foi simplesmente homem o bastante para responder por seus atos. E que a gente não pode esquecer desta parte, ele foi um homem. Tão mortal como qualquer um de nós e que foi ficando para trás com a poeira de sua (ex) banda. Mesmo que ele tenha sido louvado por fãs durante todo o seu período de exclusão da vida artística, só ele sabe como deve ter sido voltar pra casa e fechar a porta da sua criatividade. Certamente ele fez isso. Dá pra deduzir isso só pelo fato dele ter retomado seu nome de batismo... mas enfim.
Eu tava nesse devaneio da tristeza do Syd quando li uma pequena notinha de um jornal que falava sobre o desejo do Syd em continuar na sua casinha em Cambridge, longe dos palcos. Lá na nota ele dizia que não tinha tempo pra tocar, e além do mais era muito doloroso pra ele. Nossa, isso doeu fundo em mim. Pobre homem. Ai, eu e meus papos de que o Syd era um coitadinho... Ele NÃO era e nunca foi, eu apenas sou uma menina sensível e fico triste com algumas coisas, que já passaram há tanto tempo, mas parece que estão logo ali.
O Syd se fudeu e não foi pouco, mas eu não vejo ele se encaixando no Pink Floyd mais, nenhum álbum que o PF fez depois tenha a cara do Syd, claro que não, porque nenhum era com o Syd. Mas mesmo que ele tenha servido de inspiração para muitas músicas e álbuns... ele simplesmente não estava lá. Tava em casa pintando e ouvindo Thelonious Monk.
Syd, respect.


SEGUE A NOTA QUE EU LI E ME INSPIREI PARA OS DEVANEIOS QUE ESCREVI ACIMA:

domingo, 11 de abril de 2010

Sobre a formação da banda.

O normal quando falamos do Syd Barrett é ouvir: O Syd foi o formador do Pink Floyd e um dos pais da psicodelia. Mas será que foi ele que formou mesmo a banda? E será que no fim das contas isso faz diferença, ou muda alguma coisa?
Nunca parei pra me dedicar a muitos pequenos detalhes que fazem a história do Pink Floyd, e talvez este tenha me intrigado profundamente por uns dias, até poder chegar aqui e escrever que não mudará nada pra mim. Meu momento tenso passou.
Eu fui rever um documentário da BBC sobre o Syd para poder tirar algumas dúvidas que eu tinha ficado sobre a participação do Bob (guitarrista principal antes do Syd) na banda, e não me lembrava exatamente o que ele tinha tido sobre sua saída. Nisso aparece o Waters dizendo que tocava já com mais dois caras (Mason e Wright) e que o Syd teria se juntado aos três, formando um grupo. Mas então quem formou a banda foi o Roger Waters?? Que loucura, não faltava mais nada. Ah, faltava sim, ele foder a paciência da geral e do resto da banda na justiça, pelos direitos das músicas e impedir a interferência criativa do Wright nos álbuns do The Dark Side of the Moon pra frente... Tá mas não é isso que eu queria falar e não, meu coraçãozinho nao está cheio de ódio pelo cara... E que o fato é esse. Do formador da banda. Não vou me ater a dados substanciais para embasar minha colocação, só de ver o Waters falando já foi o sufuciente.
Aquilo foi um choque pra mim. Então o Syd não formou o Pink Floyd? Como assim não?? Mas aí eu lembrei que rolavam as jams na casa dele, e que ele estava muito mais envolvido musicalmente como os músicos do que o Waters, que assume que realmente gostaria de fazer mais parte de toda aquela função como o Syd fazia. Mas se a gente voltar mais um pouquinho na história vai ver que o David Gilmour ensinou o Syd a tocar guitarra, que estavam todos interligados musicalmente. O Syd, Gilmour, Waters, Mason e Wright. Então quem juntou os peão tudo, faz diferença?
Se no fim das contas toda a parte criativa era do Syd, ele que deu o nome pra banda... O meu drama master nesta função toda era pensar que o Waters teria feito um favor ao deixar o Syd entrar na banda, ou que ele achasse que tivesse uma responsabilidade grande pelo Syd ter sido o que foi. Tipo meio que se achar em função disso. Se bem que ele pode se achar pelo que ele quiser que I don't give a fuck. Repeito ele e tudo. Mas sabe como é...
Então, pelo que eu pude captar de material, por cima, eu vi que o Syd não foi o formador da banda. Ok, terei que conviver com isso. O que não será nenhum fardo. Afinal assim são as coisas mesmo... é só um pequeno detalhe sem muita importância mesmo...

P.S. Eu queria mandar um salve pras pessoas que disseram hoje que a minha camiseta do Richard Wright tinha uma imagem de Jesus Cristo. NOT.
Primeiro a gente não tem foto do Jesus, segundo não foi só o Wright que usou barba e cabelo comprido nos anos 70... Tem gente que não sabe apreciar certas coisas.
Mas mandar um grande SALVE pra Gio, que mesmo com 15 anos reparou que eu tava usando uma camiseta do Pink Floyd (foto da primeira formação, ainda com o Bob).
Outra hora eu posto uma foto minha usando as camisetas que eu tenho do Pink Floyd. Se é que isso interessa...

sábado, 10 de abril de 2010

Um layout mais a nossa cara.

Troquei, mais uma vez, o layout. Nota-se. Eu queria uma coisa bem a cara do Syd, uma coisa que transmitisse, em cores e na estrutura a mensagem do cara. Não sei se consegui, porque eu não entendo porra nenhuma essas coza de blog, vejo uns por ai e fico com inveja de como a carinha do blog passa a proposta claramente.
Mas os meus textos estão ai para falar mais do que a cara da página por si só poderia. Coloquei uma fotinho de quando o Syd era baby praticamente, pois é assim que eu gosto de lembrar dele.
Antes que eu consiga me entregar a um layout definitivo, vou me entregar a psicodelia (mais ainda?!) e mudar constantemente as cores.
O que eu gosto mesmo é de escrever sobre o Syd e espero que isso chame mais a atenção do que uma boa apresentação.
Estou super aceitando as sugestões de todos, pra que juntos possamos fazer uma suruba de cores bloguísticas.
But all the really matters: Syd Barrett. Let's keep that in mind. Always.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Troquei o Layout.

Ai gente, o Template que eu usava pro blog, com a guitarra era muito fofinho, mas nao permitia as pessoas postarem seus comentários. Agora coloquei um bem fubanguinho que permite.

Agora então né? POSTEM os comentários hahah a loca.
Vou tentar fazer um layout mais a cara do blog. Não prometo.




Vai dar saudades esta carinha. Não é a Fender Telecaster hahaha né?

terça-feira, 6 de abril de 2010

O 8 e o 80 musical.

Eu nunca havia me questionado sobre a transição musical do Syd, entre seu período com o Pink Floyd e sua carreira solo. Nunca havia percebido a diferença sonora entre os dois trabalhos (com a banda e o solo), até porque pra mim não havia. O Syd é o Syd em qualquer coisa que ele venha a ter feito. Sempre respeitei seu trabalho e gosto de tudo o que ele fez. Mas não é que as coisas são um pouco diferentes mesmo?
Comprei um documentário meio obscuro (leia-se não conhecido) em que editores de revistas de música inglesa avaliam a trajetória musical do Syd. Acho justo, até. Eu estava preparada para ouvir uma série de informações não pertinentes e outras tantas já conhecidas, sendo elas verdade ou não. Bem, não é que um dos caras de repente me faz ver que o trabalho do Barrett passa por uma mudança em sua sonoridade? Passa sim, mas em nenhum momento ela perde sua identidade. E é aí que consiste a beleza do trabalho do cara, pelo menos pra mim.
E quem o Syd foi? O pai da psicodelia, o criador das composições mais criativas e originais da época, gente, ele viveu em 1967 – o ano da psicodelia!! Um cara tão criativo quanto original. E que foi capaz de fazer um álbum usando uma Telecaster simulando o som de um violão acústico (foi o The Madcap Laughs). Perfeito. Seu Barrett, te dedico.
Vamos fazer a retrospectiva: The Piper At The Gates of Dawn, primeiro álbum do Syd, onde ele pode despejar todo o seu furor criativo, e seguido de A Saurceful of Secrets, onde ele não contribuiu em praticamente nadinha, a não ser a linda e absurdamente triste Jugband Blues, que é o hino de sua saída, que diz claramente: gente, to largando e fui largado pelos meus amigos, seus troxas, o peso na alma virá, e logo. Bem, talvez não com tanto ódio no coraçãozinho, mas sim uma ode ao seu momento total bad trip. O que eu acho mais troxa ainda é colocar esta música no álbum e Vegetable Man, que era um pouco menos óbvia em sua letra não ter sido aceita. O Syd nunca foi óbvio em suas letras, e eu acho isso uma bênção. De obviedades o mundo está cheio, de coisas que fazem sentido o mundo está cheio. Eu quero o prazer do não-entendimento. Da sonoridade que me leva ao êxtase, do Syd Barrett tocando com uma guitarra desafinada e errando a letra. Eu quero a psicodelia da realidade. Seguimos com The Madcap Laughs, eu sentia uma angústia nas primeiras vezes que ouvi, mas aprendi a amar este trabalho e ver que o Syd estava ali, mesmo sem distorções, experimentações. Que o músico em sua essência estava tão lindamente exposto que ele não precisava de nenhuma piração sonora. E então veio o disco Barrett. Um álbum especial, que contém entre outras Gigolo Aunt (adooro), que sabe lá Deus o que ele disse com ela (se alguém sabe me conta please). E fechamos os trabalhos com o Syd voltando pra casa, pra pintar, plantar flor, sabe-se lá o que foi fazer, mas apenas optou pela exclusão e abandono da música e CAGOU SOLENEMENTE para todos os esforços de seus queridos parceiros de Pink Floyd nas homenagens que prestaram em algumas músicas e álbuns.
Então o Syd Barrett passou da psicodelia total ao banquinho e violão. Acho mais que justo. Bons artistas não precisam de muito para mostrarem que são foda. E o Syd nasceu foda e morreu foda.