Eu me entreguei ao romantismo do Syd. Eu estava negando este momento mas né?! A vida da gente dá umas voltinhas e até esta parte meiga e mimosa que eu considerava parte da personalidade artística dele, agora fazem com que eu me identifique intensamente.
Falemos deste trecho:
“I´m in bed. I´m in love. Only wish I could add “with you” to the first as well as the second.”
Tá bom pra vocês?!
Esta frase é um pedacinho de uma carta que o Syd Barrett, em seu tempos de bom moço, ainda como Roger (quase assumindo o Syd) escreveu para sua primeira namorada, dona Libby Gausden. Infelizmente não tenho a carta toda, seria legal entender todo o contexto desta frase. Mas o que a casa ofereceu foi isso.
Tirei de “Madcap” do Tim Willis, ainda sem tradução para o português.
A carta foi escrita lá pelos anos 60, e eu fico imaginando quanto amor tinha dentro daquele pequeno ser lá pelos seus 15 anos para dizer com toda esta convicção que era apaixonado pela mina e a queria em sua cama. Na primeira vez que eu li o livro achei muito modernoso da parte dele já mandar cartinhas assim, ousadas talvez, para sua época. Num segundo momento percebi de outra forma, não só por estar apaixonada, mas também por perceber que o Syd não tinha barreiras para o amor e para a arte, e quanta sensibilidade brotava dele para se declarar assim de forma tão meiga e profunda. É apenas uma frase, mas ela passa muita certeza.
Nosso Syd Barrett parecia ser um tanto meigo, sensível e apaixonado pela vida e pelo amor.
Esta frase me toca mesmo. Profunda, sincera e linda.
Deixo ela para os amantes. Sei que o Syd Barrett gostaria disso, sua arte ou meiguices pessoais usadas de forma romântica e sincera.
Gente, melosidades a parte, eu sei que agora virá uma enxurrada de textos que refletem todo o romantismo oculto do Syd, de romances óbvios e letras previsíveis e diretas já estamos cheios. Nos anos 60 o Syd conseguiu pirar e falar de amor como nenhum outro artista.
Povo, bora se trabalhar no romantismo não-óbvio e nem previsível do Syd?! Partiu.
Fotenho do meigo Syd & sua Libby. Ele deveria ter uns 16 anos.
domingo, 26 de setembro de 2010
Me entreguei ao romantismo.
Syd Barrett in Wonderland domingo, 26 de setembro de 2010
Marcadores: Libby Gaudsen, Madcap. Tim Willis, Syd Barrett
Assinar:
Postar comentários (RSS)
4 Responses:
Linda a frase e linda demais essa foto. Me comove vê-lo assim, tão feliz.
Todo fofo esse texto.
Esse lado romântico do Syd é uma graça. Inclusive, a primeira música solo dele que eu ouvi foi Love Song, haha. Já amei logo na primeira escutada. (:
'-O Diamante Louco sabia das coisas !! :)
Oh..Cristal..he is the artist, the heart, the deep mind, he is all emotions, feelings, he is pure skin, so you see he is alive even when he is not here with us. But...why he didn´t find love? he spent the rest of his life always alone. Why? the same that happened to Vincent Van Gogh. Think it´s like a huge and evil shadow always behind of both artists. Sorry but I´m meaning tragedy. The suffering, the pain of the masters, the great genius who gives all for the art, but love is denight. Let me tell about the story with the Madcap Laugh ´s cover-record girl who stands naked, and back. So I cried when I read this tale..what a hearty and sweet man he was my god! his fiber touched me and can ´t stop thinking about that. Hope to talk with you soon, msn if you agree, to tell you about this story. Think there are not men like Syd neither Brasil neither Uruguay. I am wrong?
Postar um comentário