Entendendo Syd Barrett no underground e mainstream. Verdades & Mentiras sobre o fundador do Pink Floyd e um dos mentores do rock psicodélico. Da onde veio e pra onde foi.
O fim estava próximo e a bandajá percebia isso. Nãosó percebia como estava preocupada com o rumo das coisas dali prafrente. A saída do Syd seria inevitável e barrar as bizarrices dele seria o maisóbvio a fazer.
As bandasquando se profissionalizam assumem compromissos, assumem datas de shows e toda aquela chacrinhaque envolve a promoção de umgrupo. E foi nessa vibe que o Syd Barrett simplesmentenão se encaixava. Lendo poucosobre o cara fica claroqueelenão pretendia serum popstar e tocar 4 vezesporsemana, no mínimo. As drogas assumiam o corpo do Syd e ele estava quaseumexucaveira perambulante pela Inglaterra, e nãoir aos ensaiosrealmente deixou a “banda” puta da cara. Mas peraí, de quemera a banda? Era do Syd não? Quemera o serpensante dela? Ah ta sóprasaber.
A falta de profissionalismo do Syd acabou depondo contraele. Não posso culpar os outrosintegrantes disso, mas o Roger deveria ter pensado: - Vamos formaroutrogrupo e essecaraque avacalhe com o quesobrar do Pink Floyd, quenunca passará do álbuminicial. Umpensamentomeio evil, mas né? Mas a verdade foi: - Vamos tirar o pinta da banda e eleque se vire, lembram do David Gilmour? Aquelecara de Cambridge que o Syd ensinou a tocarguitarra? Certamente se encaixará no lugar de guitarrista e acredito queele seja bastante influenciável paranão se meter nas minhascomposições. Momento evil pramim. Masjuroqueele deve ter pensando algomuitopróximo disso. Juro.
Comonãotirar o Syd assim, na loucura? Sódeixar os dois guitarristas tocarem juntosumtempoaté a coisa se encaixar e o Syd larganaturalmente...
Então vamos gravar “A Saucerful of Secrets”? Eba! Hummm NOT! Syd Barrett estava cadavezmais caindo pelas tabelas, no momentoexu máster na banda, o que faz comque a entrada do David fosse oficializada, atéporquegravarumálbumcomum guitarrista & vocalistaquenão dava as caras ficava foda. Bem, vamos aos fatosconcretos: David tocou em: “Let There Be More Light”, “Corporal Clegg”, “A Saucerful of Secrets" e "See-Saw". Logo Syd tocou em: "Remember a Day", "Jugband Blues" e "Set the Controls for the Heart of the Sun".Até ai tudobem, massss, não tá faltando a “Vegetable Man” ? Humm, FICOU faltando. A casajátinhacaídomesmo, e o Syd sempre foi autobiográfico, escreveu uma músicasobre o declínio dele comopessoa e artista –issoeu admiro tanto nele, essa auto-depreciação assumida – maselanão entrou no disco, puxa, porque será? Vergoinha do cara? Então o Pink Floyd eraquenemmaridocorno, todomundo sabia do buraconegroemquetinha se metido o Syd e o grupo se fez de loucoou foi o último a saber. Baita migué. Eumorro de tristezacom a música “Jugband Blues”, bah sério:
It's awfully considerate of you to think of me here
And I'm most obliged to you for making it clear
That I'm not here
Tradução:
É imensamenteatencioso de suapartepensaremmimaqui
E eu fico muitogratoporvocêdeixarclaro
Quenão estou aqui
Essa música tem nome e sobrenome, comoque esta entrou no álbum e “Vegetable Man” não? Ela é todatristeinfeliz, diz queelenão ta lá. Que deprê, péssimojeito de se sair de uma banda, sei lá.
Então falando de “Vegetable Man”, vamos a uma pequenaparte da letra, que é a que interessa neste momento:
and all the luck,
its what I got,
Its what I wear,
Its what you see,
It must be me,
Its what I am!
Vegetable man! Where are you?
Tradução:
E toda a sorte,
É aquiloqueeu comecei,
É aquiloqueeu desgastei,
É o quevocêvê,
É aquiloqueeu sou!
HomemVegetal! Ondevocê está?
Só a parte do “It must be me” queeu acredito que seja “deve sereu”, ao invés do “aquiloqueeu sou!”.
Total e completaautobiográfica a letra. Mas e daí? Qual o problema??
Essa músicamemostra o comoeleerapirado e no fim das contas, mesmoassim, eraconscienteparafalar a verdade.
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