Barrett. The definitive visual companion to the creative work of Roger 'Syd' Barrett. Click here to register now.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Aniversário de Morte do Nosso Syd.

Em 7 de julho de 2006 falecia Roger Keith Barrett, o nosso Syd Barrett, aos 60 anos. Hoje o mundo completa 4 anos da morte deste homem que mudou a música e as pessoas.
Venho a alguns dias me perguntando como eu reagiria ao dia da morte do Syd, pois esta seria a primeira vez em que eu passaria o dia depois do nascimento do blog. Eu achei que iria ficar MUITO deprê e provavelmente emburacada no quarto viajando. Mas sabe? Não era isso que o Syd teria feito em situação similar, certamente. Portanto eu resolvi considerar esta data como uma celebração da vida.
Eu adoro aniversários, sempre acho que esta, de todas as datas que nós temos (natal, dia das crianças...) a única sincera e verdadeira. Foi o dia que a gente nasceu! E assim eu resolvi também celebrar a morte do Syd Barrett, como uma forma de lembrar que no mundo um dia existiu um moço tão criativo e belo que em pouco tempo foi capaz de cativar a todos, deixando um legado que perdurará por muitas e muitas gerações.
Vamos lembrar do Syd??
Seu Syd Barrett sempre foi uma criança rodeada de pessoas interessantes, música, leituras, tinha um pai que estimulava a criatividade dos filhos... tanto que ele acabou estudando Artes. Ele tocava piano, mas influenciado pelo meio acabou se rendendo ao violão e para chegar na guitarra foi um abraço. Aos 19 anos Syd tinha uma banda, onde ele era a mente criativa, mesmo cercado por bons músicos ele era o líder e guiava os trabalhos do Pink Floyd. O experimentalismo proposto por ele abriu portas para que muitas bandas depois viessem a se entregar a este estilo. O Syd era criativo, engraçado, charmoso, divertido e muito culto. Mas em algum momento nestas história toda ele simplesmente se perdeu dentro de suas escolhas. Mesmo gostando de sua banda, ele não almejava ao sucesso e ficar rico, ele só queria estar ali e tocar. Infelizmente, como muitos até hoje em dia, ele não soube usar LSD e outras drogas com “responsabilidade” e simplesmente consumiu de uma forma sem precedentes. Ele foi “saído” do Pink Floyd, tentou carreira solo, mas logo desistiu da vida da música e voltou para a casa da mamãe, de onde nunca mais saiu, até o dia 7 de julho de 2006.

Eu queria dizer que não penso que o Syd teve uma vida trágica, ele produziu tão belas músicas e disse tantas coisas inspiradoras que nós nunca mais o esqueceremos, ele viverá eternamente como parte integrante de nossas vidas. Eu respeito muito a decisão do Syd ter voltado pra casa, só ele sabe o fardo de ter sido expulso de sua própria banda e ter de conviver com isso, porque não tem wish you were here ou shine on you crazy diamond que apaguem as mágoas do passado.
Sou completamente grata pela existência do Syd Barrett. Fico feliz em saber que o nosso irregular head babe viveu para nos contar algo e para aproveitar mesmo que intensamente sua vida, para depois viver como um pacato vovô inglês em Cambridge.

No dia que eu fiquei sabendo que o Syd havia falecido teve show do Pink Floyd das Antigas, e a energia naquele dia foi intensa porque eu não conseguia deixar de ficar triste pelo sentimento do Chico Paixão, o guitarrista, que estava chorando e disfarçava. Pelo menos foi assim que eu percebi. Acho que todos nós ainda sentimos no fundo esta perda. Mas sabe? Syd Barrett morreu em 1970. Quem morreu em 2006 foi o Roger. Que eu igualmente amo e respeito.
Para ilustrar o momento, resolvi não pegar um trecho de uma música dele, mas sim um de um livro que ele leu na juventude, e imaginou como os meninos da época em poder viajar igualzinho ao Jack Kerouac:

“Eu só confio nas pessoas loucas, aquelas loucas pra viver, louca pra falar, loucas pra serem salvas, as que desejam tudo ao mesmo tempo, que nunca bocejam ou dizem algo desinteressante, mas queimam, queimam, queimam como fogos de artifício”
Jack Kerouac, em On The Road – Pé na Estrada.


Queria dizer tanta coisa a respeito da data de hoje, que vou optar por dizer: Lembrem-se da IMPERMANÊNCIA das coisas e vamos nos apegar mais as pessoas do que as coisas, porque depois o que irá ficar serão somente as lembranças.

Como aniversário, mesmo que de morte, fizemos cupcakes para “celebrar” este dia. Pretendo distribuir alguns ao povo aqui da banda que admira o Syd assim como eu... Para meu amadíssimos leitores, gostaria de dar um para cada, quem sabe um dia?!
Aproveitem o dia de hoje, e imensas desculpas pela minha melosidade excessiva.







O meu obrigada para a minha mãe Izabel e irmã Izadora que me ajudaram a fazer todos os lindos cupcakes em homenagem ao Syd.

E para o Syd: MUITO TE DEDIDO e meu TOTAL RESPECT SEMPRE, aonde quer que você esteja babe.